Antes de falarmos sobre as tendências em recrutamento e seleção para o ano que vem, gostaria de lembrar de março de 2020, primeiras semanas de home office e quarentena, quando tivemos uma reunião com todas as pessoas da 99Hunters por videoconferência. Naquele momento, o foco era manter as nossas operações rodando, para manter nossos empregos existindo! Uma voz sensata em nossa reunião virtual bradou: “Não se preocupem, vai dar tudo certo, só precisamos nos adaptar!”. O primeiro reflexo foi concordar, mas ainda assim, existia um sentimento de preocupação com o cenário desconhecido que se aproximava. Naquele momento, se alguém me pedisse para falar sobre as tendências para o mercado de recrutamento para o ano seguinte eu diria: sobreviver!
Já o ano de 2021 foi um ano de adaptação e aprendizado. A utilização de novas tecnologias e ferramentas para recrutamento já eram uma tendência, e tiveram sua adoção em larga escala antecipada pela necessidade. As barreiras geográficas tornaram-se menos relevantes também, já que inúmeras empresas adotaram o trabalho remoto durante a pandemia e muitas pretendem manter esse regime mesmo com o fim das restrições. Aqui na 99Hunters fizemos muitos testes, acertamos, erramos e, principalmente, aprendemos muito, além de ter um crescimento recorde no ano. Agora que já estamos quase entrando no último trimestre, já é possível ter uma ideia dos desafios e oportunidades que nos aguardam para 2022. Por essa razão, queremos compartilhar com você 6 tendências para o mercado de recrutamento que poderão guiar suas estratégias para o próximo ano:
Considerando que, hoje em dia, a maioria das entrevistas são feitas remotamente, é essencial repensarmos a experiência de candidates em processos de seleção. Uma cultura de feedbacks constantes em todas as etapas do processo é crucial e essa comunicação deve ser clara e precisa. Diferente de um processo seletivo tradicional, que utiliza de tecnologias menos sofisticadas (telefone, e-mail, planilhas), um processo conduzido remotamente exige o conhecimento em algumas tecnologias mais avançadas. As pessoas que vão gerir processos remotos, devem ser bem treinadas, para assim extraírem o máximo das ferramentas utilizadas e potencializar os resultados obtidos. É importante também se antecipar a eventuais dificuldades que esses candidates possam ter ao participar do processo, com instruções para utilização do software de videoconferência.
O objetivo deve ser a construção de uma experiência altamente positiva para todas as pessoas participando do processo, inclusive aquelas que não tiverem sucesso no mesmo. Criar uma atmosfera acolhedora para uma entrevista, fará com que a pessoa entrevistada fique mais confortável para mostrar suas perspectivas, facilitando a avaliação do perfil. De acordo com uma pesquisa realizada pela TalentLyft em 2020, fornecer uma experiência positiva faz com que 95% das pessoas considerem participar de outros processos com a empresa no futuro e também com que 97% das pessoas indiquem mais candidates para participarem da seleção, o que torna o processo seletivo uma ótima oportunidade de divulgar a cultura e valores da empresa.
Falar sobre diversidade e inclusão em recrutamento e seleção é extremamente necessário. Não apenas por uma questão de justiça social, igualdade e evolução da sociedade, mas principalmente, por se tratar de uma questão focal para recrutamento e seleção: as empresas desejam muito montar times diversos. As organizações estão percebendo os benefícios gerados por um time plural e valorizando as diferenças individuais de cultura, etnia, gênero, orientação sexual, idade e religião.
Segundo um estudo da revista Você RH com cerca de 300 empresas brasileiras, 97% delas pretendem manter ou ampliar os investimentos em D&I. E isso acontece justamente por que também traz resultados para os negócios. Em outro estudo conduzido pela McKinsey & Company com 700 empresas de capital aberto sobre o estado da diversidade corporativa na América Latina, concluiu-se que as empresas percebidas pelos funcionários como tendo diversidade de gênero, têm probabilidade 93% maior de superar a performance financeira de seus pares na indústria. O estudo mostra que nessas empresas 63% dos funcionários indicam que estão felizes no trabalho, em comparação com apenas 31% nas empresas que não são percebidas como comprometidas com a diversidade. As pessoas se sentem mais seguras e admiram mais as empresas inclusivas, o que diminui a taxa de turnover e torna a empresa mais desejada e bem vista no mercado.
Nos últimos anos temos visto o RH se distanciando de um cerne mais administrativo para se converter, cada vez mais, em um parceiro dos negócios e ter uma participação muito mais assertiva e estratégica dentro da empresa. E para isso é essencial que se apoie em dados e em indicadores para o planejamento de estratégias organizacionais. Uma gestão data driven faz com que o RH aumente a eficiência de seus principais KPIs, reduza o custo e o tempo de contratações e aumente a efetividade na escolha de candidates.
O RH não é responsável apenas pelo recrutamento e seleção, mas também pela retenção de talentos, a criação de uma marca empregadora e divulgação da cultura organizacional. Investir em parceiros e tecnologias de recrutamento e seleção, como a 99Hunters, marketplace com milhares de headhunters, pode agilizar seus processos seletivos de uma forma muito mais barata e digital quando comparada com consultorias tradicionais, além de garantir candidates mais qualificados, o que faz com que o RH possa focar no ativo mais importante da empresa: as pessoas.
A popularidade e reputação de uma empresa são muito importantes na busca pelos maiores talentos em um mercado tão competitivo como o atual. Se a percepção que as pessoas têm sobre trabalhar em uma organização é positiva, ela se torna mais atraente para os profissionais. Em união com outros setores da empresa, como marketing e comunicação, o RH pode contribuir para transformar a organização em uma referência como lugar para se trabalhar.
No entanto, as vantagens de se trabalhar employer branding não ficam restritas apenas à imagem que o mercado tem da empresa. Existem resultados mensuráveis que são bastante relevantes. Em uma pesquisa feita pelo LinkedIn, utilizando o próprio banco de dados da plataforma como referência, as empresas mais desejadas experimentam uma redução de 43% no custo de contratações, em relação com organizações menos desejadas, e também possuem uma taxa de crescimento 20% maior.
Se nos últimos anos o mercado de tecnologia já estava superaquecido, durante a pandemia presenciamos um verdadeiro boom, o que fez com que os profissionais de TI fossem ainda mais assediados por empresas nacionais e internacionais.
O mercado tem uma demanda altíssima por esses profissionais, que cresce em uma proporção muito maior do que a capacidade que temos de formar essas pessoas. Segundo um estudo da Brasscom, o déficit de profissionais pode chegar a 260 mil até 2024. Isso tudo reflete no mercado de recrutamento, e faz com que tech recruiters também experimentem uma grande valorização de seus passes. Nós já vimos isso acontecer este ano e sabemos que irá se intensificar muito no ano que vem. Recruiters que tiverem experiência e habilidade em recrutamento focado em tecnologia encontrarão um mercado muito aquecido e atraente em 2022.
O hunting ativo é feito a partir de um mapeamento do mercado, com foco no perfil ideal para a posição em aberto. Headhunters irão abordar profissionais conforme a necessidade da vaga, independente de eles estarem ou não buscando oportunidades no mercado. E essa é a grande diferença para o hunting passivo, que é aquele em que o candidato chega até a oportunidade, através de job posts ou anúncios em redes sociais. Com alcance limitado às pessoas que viram o anúncio do job e sem controle nenhum sobre o número e perfil das aplicações, o hunting passivo vem sendo cada vez menos utilizado para buscar, tanto profissionais para posições estratégicas quanto para posições operacionais.
Na 99Hunters, por exemplo, disponibilizamos até 7 headhunters especialistas em cada job, que fazem uma busca ativa através de networking e redes sociais e conectam os profissionais mais aderentes do mercado à sua vaga em poucos dias.