3 dicas de ouro para não errar na hora de fazer uma proposta salarial
Fazer uma oferta de emprego a uma pessoa requer equilíbrio. Deixar a ‘balança’ justa, neste caso, significa chegar a um acordo salarial que respeite os limites financeiros da sua empresa e a pessoa contratada sinta-se respeitada, justamente recompensada e, claro, motivada. O resultado de uma negociação salarial fará com que uma pessoa se sinta querida ou desvalorizada por sua empresa.
O parceiro de negócios de RH moderno busca fazer ofertas estrategicamente pensadas no desenvolvimento a longo prazo de sua empresa e de seu time. Entre as práticas da atualidade está o estudo de composição salarial, cujo objetivo é entender o que motiva uma pessoa a aceitar uma proposta de trabalho, além de salário – claro. O objetivo deste texto não é tirar a importância dessas variáveis, mas sim falar objetivamente salário.
De acordo com uma pesquisa da Glassdor, o salário, não é somente um dos cinco fatores determinantes na decisão de uma pessoa para aceitar uma oportunidade de trabalho, como é o primeiro no grau de importância da pesquisa.
Outro fator que você, gestor de RH, não pode deixar de considerar, é encarar que com a era da informação as pessoas passaram a ter maior acesso a informações sobre remuneração no mercado de trabalho e isso trouxe mais autonomia para argumentação na hora de uma negociação salarial.
As dicas a seguir o ajudarão a conduzir negociações salariais justas que satisfaçam ambas as partes.
Determine seus limites e necessidades.
Você tem uma janela de negociação salarial desde o momento em que propõe uma vaga a um candidato até que ele aceite a oferta, portanto, certifique-se de saber até que ponto sua faixa salarial e necessidade para a função são compatíveis com o mercado, além de considerar o que sua empresa precisa, para assim não desperdiçar o seu tempo, nem dos profissionais que estarão fora de alcance para sua vaga.
Sua faixa mais baixa ainda deve ser competitiva no mercado, portanto, consumir pesquisas do setor podem ser um fator determinante na hora de fazer sua proposta. Caso entenda que sua remuneração mais baixa esteja muito defasada, tente negociar com a direção da empresa flexibilidades em relação aos requisitos, senioridades ou possíveis compensações salariais extras por desempenho.
Dica de Mestre: Não faça uma proposta antes de entender se será atrativa. Pergunte sobre todas as expectativas para a pessoa que tiver entrevistando sobre o que ela espera do futuro da empresa, de seu cargo e de seu salário (não somente para a proposta, mas de futuro). A partir daí você terá mais artifícios para saber se deve ou não elaborar uma proposta de emprego.
Seja transparente e saiba vender sua empresa
Como já falamos na introdução, é importante que você esteja ciente que, seu candidato ou candidata, usará também ferramentas de pesquisa para determinar suas necessidades de remuneração e para negociar um salário.
É quase certo que em suas entrevistas, as pessoas te informem sobre salário atual ou mais recente antes da negociação e essa informação deve ser tratada com cautela.
As pessoas esperam que sejam honestos com elas e saibam até que ponto podem aceitar uma oferta, então, sem enrolação, entenda sua posição nas negociações salariais logo de cara em suas prévias telefônicas ou em sua primeira entrevista.
Se entender que faz sentido seguir do ponto de vista financeiro, vá em frente e venda muito bem sua empresa: reforce o propósito.
Elon Musk, o fundador da Tesla, emprega uma estratégia audaciosa para recrutar funcionários para sua empresa. Ele “vende” sua empresa para os candidatos com o propósito de “mudar o mundo”. Sua marca é tão forte que ele acaba atraindo talentos altamente qualificados com um forte anseio de alcançar essa visão, sendo esse o principal motivacional para aceitar uma proposta de trabalho. Talvez ainda haja dúvida sobre quais são os salários e os benefícios de um funcionário da Tesla. Embora os funcionários da Tesla ganhem mais do que a média nacional nos EUA (US $31.000 por ano), eles ainda recebem menos do que empresas de renome como Ford e General Motors (GM). Para se ter uma ideia, o salário médio da Tesla anual é de US $56.000, enquanto o da Ford é de US $64.000 e o da GM é de US $77.000. Isso demonstra que, embora o salário e a remuneração sejam considerações importantes para os candidatos, outros fatores, como os valores e a visão da empresa, também são fundamentais.
Priorize as pessoas ao invés de números.
Se sua proposta não for boa o suficiente para uma pessoa, talvez seja melhor não fazê-la. Inclusive, fazer uma recomendação sobre como ela pode obter uma proposta ainda melhor em outros segmentos, cargos ou empresas, podem fazer você e sua organização ganhar um seguidor da marca e cultura.
Não existe vaga que apenas uma pessoa possa exercê-la. Você encontrará, em algum momento, a melhor pessoa, para sua cadeira.
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Se houver certeza de que sua empresa pode prometer a um talento, um futuro, mas não agora, seja transparente com as alternativas e tente algo diferente, como exemplo, um pacote que foca no bem-estar das pessoas pode ser um grande diferencial. Considere alternativas como trabalhar em casa alguns dias da semana, pode otimizar custos para a empresa e muitos candidatos se sentiriam atraídos com esta opção por lhes oferecer mais liberdade e flexibilidade. Hoje em dia, existem inúmeros benefícios que podem ser incluídos em uma oferta de emprego
Pense em outras compensações financeiras, por exemplo, criar ofertas que não exijam que elas sacrifiquem sua faixa salarial, como remuneração variável, premiações de reconhecimento ou stock options. Essas sugestões podem ser implementadas logo no início da negociação salarial, permitindo as pessoas avaliarem se seu pacote vale a pena ou não.
Ah, por fim, não se esqueça de dar tempo para considerar suas sugestões e evite ser muito insistente a ponto de pressionar uma resposta. Abra um espaço para perguntas e tente deixar a pessoa confortável para esclarecer dúvidas e porventura fazer uma contraproposta.
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