Uma pessoa chave tem uma proposta financeira melhor de outra empresa

3 minutos
Mar 12, 2022 5:08:08 PM

Nós, da 99Hunters, ajudamos uma série de empresas que buscam contratar profissionais através de um processo de qualidade, de forma colaborativa e humanizada, do “entry-level” ao “C-Level”. Vivemos intensamente os mais diversos desafios de recrutamento, ao lado de companhias com diferentes culturas, histórias, maturidade de negócio e necessidades.

Os desafios de nenhuma outra vaga se comparam aos que vivemos quando buscamos “profissionais de Tech”: CTOs, Devs, Big Data, UIs, UXs, POs, QAs etc.

Sabemos que grande parte do desafio é resultado da escassez global (!) desses perfis (a oferta de candidatos não atende a demanda das empresas), e que uma das principais consequências é o aumento de salário médio destes times.

As empresas que vivem o desafio de contratação de “profissionais de Tech”, muitas vezes acabam, como em um “loop”, contribuindo para o aumento progressivo das remunerações. Isso ocorre porque, para conseguir reter o disputado profissional, acabam realizando contraofertas financeiras cada vez maiores.

Mas algumas ações ajudarão nosso ecossistema, e contribuirão diretamente para melhorar esse cenário. Nesse sentido, falaremos a seguir um pouco mais sobre como elaborar uma boa contra oferta de trabalho:

Uma profissional de Tech da minha equipe tem uma proposta de outra empresa. E agora?

Imagine o seguinte cenário: alguém que você considera fundamental do seu time de Tech (por exemplo) recebe uma melhor proposta de outra empresa. Como você lidaria com essa questão?

Para uma melhor decisão, é preciso avaliar diversas variáveis e, assim, ter uma base consistente que permita realizar o melhor procedimento.

Muitos pensam imediatamente em fazer uma contraoferta, mas será que essa é realmente a melhor solução? Ou será melhor iniciar (o mais rápido possível) um processo seletivo para repor essa pessoa?

Para te ajudar na resposta dessas questões, separamos algumas dicas fundamentais.

Descarte soluções provisórias.

Nem sempre uma contra oferta financeira é o melhor caminho; o que nos preocupa é justamente o caráter provisório dessa ação.

A profissional pode aceitar ou não a proposta e, caso aceite, não será uma solução a longo prazo. O desejo de incrementar a sua carreira além do aspecto financeiro pode gerar novas ofertas e provavelmente você terá que passar por essa situação de novo.

Objetivamente, você deve investigar os reais motivos que levaram essa profissional a aceitar, aspectos além do financeiro, para então entender se uma contraproposta pode ser uma alternativa que não será apenas paliativa. 

Evite medidas geradoras de conflitos.

Por exemplo: sua Desenvolvedora (Dev.) recebe uma proposta financeira melhor de outra empresa. Caso ela aceite a sua contraoferta, seu outro Dev., do mesmo nível de senioridade, pode ficar contrariado por receber um salário menor do que a colega.

Essa é uma lógica que deve ser colocada acima dos elementos emocionais que visam “somente” não perder uma pessoa chave da sua equipe para outra empresa.

Primeiro, o bom relacionamento do time é essencial para que a produção siga em alta, evitando, assim, que os conflitos prejudiquem diversos pontos do cotidiano da empresa.

Busque ir além da valorização financeira.

Não vivemos em um conto de fadas! É claro que um melhor salário enche os olhos, em um primeiro momento, da maioria dos profissionais, porém, é importante entender se buscam um reconhecimento que vá além disso.

O momento da contraoferta é certamente sua última oportunidade de identificar os pontos a serem melhorados nesta relação. E esses pontos podem ser tão ou mais importantes do que simplesmente oferecer maiores ganhos financeiros.

Não dê chance para a zona de conforto.

Voltando ao exemplo: se a Dev. sabe que pode conseguir ofertas melhores no mercado, será que aumentar o salário vai manter o seu grau de compromisso e engajamento com os desafios atuais?

Antes da contraoferta, pense se essa pessoa já não estava insatisfeita. Além disso, aumentar sua remuneração, muito provavelmente não irá tirá-la desse estado. Assim, deve-se evitar pagar mais caro por alguém que está produzindo menos do que poderia.

Verifique o momento da empresa.

Essa análise deve ser feita tanto em relação à parte financeira quanto em relação à necessidade de produção da empresa nesse momento.

Avaliar o quão insubstituível essa pessoa é e se o orçamento da companhia permite um aumento da remuneração, são fatores que devem ser levados em conta na resolução dessa equação de forma positiva para todos.

E, vale lembrar, que quanto mais dados e informações você tiver na mesa, maiores são as chances de tomar a decisão correta!

*Esse texto reflete a opinião da pessoa autora e não necessariamente da 99Hunters

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