Tempos difíceis: como liderar sua equipe com empatia?
À medida em que empresas, gestão e pessoas colaboradoras saem da pandemia e das dificuldades que ela causou, o estresse e o esgotamento são as heranças e sequelas que afetam mais do que nunca todos os times.
Passando por acontecimentos sem precedentes, a população nunca falou tanto em saúde mental como nos últimos tempos.
Com isso, as lideranças se depararam com um novo desafio: encontrar um equilíbrio entre demonstrar empatia e, ao mesmo tempo, insistir nas responsabilidades nos locais de trabalho.
Afinal, o que é empatia?
Empatia é a capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa e entender como ela se sente ao vivenciar certas situações.
É tentar entender sentimentos e emoções e, também, ajudar a compreender melhor o comportamento alheio em determinadas circunstâncias e tomadas de decisões.
Tarefas menores podem aliviar a ansiedade
As expectativas de trabalho estão mudando e delegar tarefas menores e mais curtas pode funcionar bem. Assim, a pessoa colaboradora tem algo para trabalhar em curto prazo, mas sem sentir que está produzindo menos.
Também é importante entender que as não entregas dessa pessoa podem afetar seu departamento ou empresa, então, metas diárias ao invés de semanais, mensais ou trimestrais podem ajudar as pessoas a avançar em períodos de turbulência na vida pessoal ou profissional. Lembrando que o estado emocional ou mental de uma pessoa colaboradora é parte vital em seu desempenho.
Mas ei: ajudar e oferecer meios para a conclusão das tarefas não significa fazer elas por essas pessoas ou então delegar para colegas do time. Essa não é uma escolha sábia pensando em longo prazo!
Sempre respeite os limites de todos e todo mundo sai ganhando.
Entenda o momento da pessoa
Isso porque a diminuição nas entregas pode representar algo além dos muros da empresa, por isso, também é importante entender se essa pessoa liderada está lidando com estresses dentro ou fora desse ambiente, ou então, em ambos.
Geralmente, são essas situações que fazem as pessoas apresentarem dificuldade no desempenho de suas atividades. A chave aqui é descobrir quais são essas influências e onde exatamente elas afetam.
Pergunte para a pessoa o que está acontecendo, mas evite a clássica “como você está?”. Uma abordagem mais parecida com “como você está hoje?” pode gerar uma resposta menos genérica do que “estou bem”.
Ofereça suporte dentro das possibilidades
O primeiro passo é avaliar a carga de trabalho das pessoas funcionárias e entender se está acima do recomendável e também, se ela conseguiu lidar com todas as atribuições nos últimos tempos. A partir daqui, ofereça apoio para ajudá-la a superar esses possíveis obstáculos, uma conversa aberta pode poupar muito tempo e estresse de ambos os lados, além de ser mais assertiva.
Ao procurar uma solução para esse problema que seu time ou pessoa liderada vem enfrentando, tente ser direto e perguntar o que você pode fazer para que ela alcance todo o seu potencial e faça seu trabalho de forma mais fluida.
Caso a resposta seja inviável (por exemplo: não participar de nenhuma reunião), tente negociar e chegar em uma solução razoável (por exemplo: diminuir o tempo das reuniões).
Evite os burburinhos
É importante que todas as pessoas do time recebam a mesma atenção e tratamento. Ajustar a carga horária ou então abrir muitas exceções para apenas uma pessoa pode gerar uma percepção negativa na equipe, mesmo que ela seja a única a enfrentar problemas naquele momento.
Se possível, tente ser transparente sobre toda a situação (sem entrar nos detalhes, claro). Isso evita os boatos, burburinhos e poupa o time de muito drama.
A cada dia que passa a pandemia fica mais no passado e sob controle, porém, os efeitos dos últimos dois anos permanecerão em cada indivíduo que experienciou essa fase da história da humanidade.
E assim como diria a autora Marie R. Miyashiro (referência em empatia nos negócios) no livro “O Fator Empatia”: líderes eficazes são aqueles que parecem combinar as habilidades de liderança suave - confiança, empatia e comunicação genuína - com as habilidades mais difíceis porém necessárias para manter uma organização em tempos difíceis.
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